Declaração

O blogue que se segue pode conter linguagem susceptível de ferir a sensibilidade dos leitores, pelo que se agradece que pense duas vezes antes de espreitar.

Todas as palavras aqui postadas NÃO SÃO OFENSAS GRATUITAS. São pagas, desde há séculos, com o sofrimento de milhares de touros.

Enquanto os aficionados ofenderem a minha sensibilidade, eu sinto-me no direito de ofender a deles.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Do argumento das outras causas sociais

Estou farto de ouvir dizer que só nos preocupamos com os animais e que nada fazemos pelas pessoas.

Realmente, há muitos problemas na sociedade.
Muitas causas para defender. Mas quanto a esta crítica, duas respostas:

Em primeiro lugar, o facto de nos batermos por uma causa, não implica a renúncia a outras. Ou querem ver, que se ajudarmos a luta contra o cancro, não podemos ajudar a luta contra a fome? Se os aficionados têm dificuldades na área da coordenação humanitária e só conseguem abraçar uma causa de cada vez, não é um problema nosso. Mas, por favor, não nos venham dizer como devemos agir ou que causas são prioritárias. Por regra, uma pessoa, ainda que não disponha de uma agenda descomprometida, consegue mover os seus tentáculos, para acudir ao maior número possível de acções. Por isso, é evidente, que por muito empenhado que qualquer anti-tourada esteja nesta temática, não significa que nada faça em relação a outras lutas.

Em segundo lugar, se estão tão preocupados com as tais “outras lutas” (que segundo os próprios são as únicas verdadeiramente importantes), façam um favor às vítimas dessas “outras lutas”: mexam esses braços e empenhem-se vocês nelas. Sejam activistas. Ajudem essas associações. E não me refiro a irem assistir a espectáculos tauromáquicos de beneficência. Ajudem de verdade! Sejam voluntários! Manifestem-se! Abanem a sociedade!

Porque o tempo que vocês perdem a criar “Prótoiros” para lutar contra nós, podiam estar a ajudar quem mais precisa.