Declaração

O blogue que se segue pode conter linguagem susceptível de ferir a sensibilidade dos leitores, pelo que se agradece que pense duas vezes antes de espreitar.

Todas as palavras aqui postadas NÃO SÃO OFENSAS GRATUITAS. São pagas, desde há séculos, com o sofrimento de milhares de touros.

Enquanto os aficionados ofenderem a minha sensibilidade, eu sinto-me no direito de ofender a deles.

sexta-feira, 18 de março de 2016

E fez-se justiça

Para quem não se recorda do ocorrido, deixo aqui a ligação e aqui o vídeo.

Jaime Marcelo foi acusado pelo crime de coacção:

 Artigo 154.º
Coacção
1 - Quem, por meio de violência ou de ameaça com mal importante, constranger outra pessoa a uma acção ou omissão, ou a suportar uma actividade, é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.
2 - A tentativa é punível. 

Sentença: foi condenado a uma multa de 720 euros.

A defesa de Jaime Marcelo incidiu no facto do cavalo apresentar sinais de stress e tentar fugir. Mas o relatório pericial veio desmentir essas alegações, confirmando que foi o próprio cavaleiro que, com as pernas, direccionou o cavalo contra os manifestantes.

Malandro do relatório pericial. Então não é evidente que um cavalo, perante uns quantos manifestantes, fica stressado e quer dar de frosques? 
É claro que, perante um touro, numa arena circular e sem hipóteses de fuga e com centenas ou milhares de pessoas a rodeá-lo, qualquer cavalo é forte e destemido. Mas, toda a gente sabe que, em espaço aberto, sem ser sujeito a qualquer acirramento e perante uns quantos manifestantes, dá-se, naturalmente, uma espécie de pânico ao equídeo e ele desata a correr desalmadamente para cima das pessoas como se não houvesse amanhã. 

Pobre Jaime Marcelo que não conseguiu fazer valer o seu ponto de vista. E, agora, tem antecedentes criminais. 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Do tempo dos mamutes

Francisco Rivera, um toureiro espanhol, toureou um novilho com a filha Carmen (de 5 meses) ao colo. Isto porque, segundo ele, é uma ancestral tradição familiar. 

O pai toureou com ele ao colo. O avô toureou com o pai dele ao colo. O bisavô toureou com o avô dele ao colo. O trisavô toureou com o bisavô dele ao colo. O tetravô toureou com o trisavô dele ao colo... E por aí fora. Somadas todas as gerações, este rito de passagem começou no Paleolítico Inferior, quando o Homo habilis Julio Rivera Sénior teve a ideia de "tourear" um rinoceronte lanudo com o pequeno Julio Rivera Júnior ao colo. 

A partir daí, Rivera que é Rivera tem de pegar numa criança e colocá-la em perigo. Só assim é aceite no grupo dos crescidos.



E como é que podemos querer acabar com tão linda tradição familiar?

sábado, 23 de janeiro de 2016

Dos textos que merecem ser partilhados

"Fiquei muito contente com esta partilha dos meus amigos da PRÓTOIRO. Só falham ao dizerem que é um "texto satírico". Como é óbvio, não é um texto satírico. Simplesmente, uso o humor para fazer passar os meus pontos de vista. O texto é exactamente aquilo que penso, sem tirar nem pôr. Até porque se fosse um texto satírico poderia ser interpretado como um ataque à nobre tradição da tourada. Coisa que um aficionado como eu jamais faria!

Espero sinceramente que tenham lido atentamente o texto e que comecem a treinar koalas para seguirmos em frente com a minha ideia de fazer uma espécie de tourada invertida. Uma "humanada", em que um humano forte, viril, criado e moldado geneticamente para esse propósito pudesse lutar contra koalas montados em cavalos e investir às marradas (ou, como se trata de humanos, ao pontapé) contra um grupo de forcados koalas vestidos de mariconços.

Seria uma excelente maneira de nos pormos no lugar do touro e de percebermos que, se há alguém que se diverte numa tourada, é ele. O que é que há para o touro não gostar? É uma espécie de competição MMA inter-espécies em que ele é a espécie mais forte! É certo que no fim morre. Mas, como diria o Dr. Rui Sinel de Cordes, morre de barriga cheia, depois de ter aviado uns quantos humanos vestidos de drag queens. A roupa efeminada dos toureiros é uma forma de provocar o touro, um animal claramente de direita mas que, devido às limitações cognitivas próprias de um animal, está no mesmo patamar que um grunho do PNR. O pior que lhe podem fazer é porem-lhe um travesti à frente a gritar histericamente, a fazer poses sexuais e coreografias com uma toalha colorida.

A festa brava é um espectáculo que admiro porque é um pouco isto que descrevi. Uma encenação de um animal forte de direita (não é por acaso que o touro é o símbolo de Wall Street) contra um colectivo de actores a representarem os esquerdalhos. É um espectáculo triste porque o touro de direita morre no fim e os esquerdalhos ficam a celebrar a sua utopia socialista e o triunfo do seu colectivo contra a vontade e a força individual de um só empreendedor. É quase como um romance da Dra. Ayn Rand. Mas serve para reflectirmos e para tirarmos as nossas conclusões. Não podemos seguir os nossos instintos de touro e reagir às marradas contra a esquerda. Temos que vencê-los com a superioridade das nossas posições. No dia em que os toiros começarem a ler o Dr. Hayek, nunca mais os humanos vencerão uma tourada."